Eu não quero um boneco de plástico, um cara malhado ou algum ator global. Eu quero você. Um cara que trocava tudo pelo trabalho, mas não se importava em dormir 3 horas por noite pra poder ficar comigo. Eu não quero nenhum exemplo perfeito de homem, porque a perfeição é algo bem próximo do teu gosto musical terrível. Nenhum cara perfeito suportaria o que você suportou e ficaria do meu lado de qualquer forma.
Um homem que ama os pais, tem uma tatuagem com a minha frase preferida, escreve, lê, vê e tinha tempo pra me fazer a pessoa mais sortuda que a Terra já conheceu.
Eu jamais iria querer a vida idealizada de um marido, dois filhos e uma casinha. Prefiro nós dois de uma forma errada, um filho com nome estranho e morar em uma cidade a cada mês. Eu te amo desde antes de te conhecer e não tem circunstância dolorosa que mude isso. Você é como uma melhor amiga de infância que não me ensinou a brincar de Barbie, mas me ensinou a brincar de vida. Pedir desculpas e perdoar. Me ensinou que esconder a dor não ameniza. E que distância não é desculpa pra não amar incondicionalmente.
Te ver falando que precisava seguir sem mim doeu como se todas as dores estivessem concentradas em algumas palavras. E não tem anestesia pra isso, não tem cura milagrosa ou repouso o suficiente. Eu precisei de muito colo de mãe, muitas horas de sono e muita pena de mim mesma pra aguentar o medo de sequer poder te falar como foi o meu dia. Como se terminar o dia sem te dar boa noite ou planejar o futuro fosse algum crime hediondo.
Eu sempre pedi pra que Deus me provasse que você existia. E ele fez isso da pior forma possível: te mandando embora e me fazendo ver que você não estar é a pior contração muscular que eu possivelmente terei.
Perca a sua cabeça, mas por favor, só pro seu coração.
Eduarda Leichtweis
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