sexta-feira, 31 de julho de 2015

Medo...


Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

Fabrício Carpinejar.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

DIY

Olá!! Hoje irei mostrar vários DIY  de roupa, comida, decoração.... 
Mudando a rotina de textos como eu andei fazendo agora será um post que irá ter varias dicas para todos adquirir.




















sábado, 25 de julho de 2015

O outro lado.

Oi!! Então hoje estava no meu tumblr e acabei vendo uns textos e acabei em apaixonando total, Juro que esse será o ultimo de hoje ahaha. 

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 Sou partida em duas. Um lado contém minha exuberância, minha petulância, e etc. Meu outro lado costuma ficar à espreita para emboscar o outro, que é mais puro, mais profundo e melhor. Ninguém conhece esse meu lado melhor, e é por isso que muita gente não me suporta. Ah, eu posso ser uma palhaça, engraçada por uma tarde, mas depois disso todo mundo se enche de mim por um mês. Na verdade, sou aquilo que um filme romântico representa para um pensador profundo — uma simples diversão, um interlúdio cômico, algo a ser logo esquecido: que não é ruim, mas que particularmente não é nada bom. Odeio ter que dizer isso, mas meu lado mais leve, mais superficial, sempre vai tirar desvantagem do lado mais profundo, e com isso vencerá sempre. Ninguém pode imaginar quantas vezes eu já tentei empurrar para longe esse meu lado superficial, derrubá-la, escondê-la. Mas isso não funciona, e sei por quê. 
Tenho medo de que as pessoas que me conhecem descubram que tenho outro lado, um lado melhor e mais bonito. Tenho medo de zombarem de mim, de pensarem que sou ridícula e sentimental, e de não me levarem a sério. Estou acostumada a não ser levada a sério, mas somente o meu lado leve consegue lidar com isso; o meu lado mais profundo é fraco demais. Se eu forçar o meu lado bom e sensível a aparecer por 15 minutos, ela se fecha como um marisco no momento em que é chamada a falar, e deixa o meu lado numero um dizer o que eu sinto ou até mesmo um texto. E antes que eu perceba ela desapareceu. Assim, esse meu lado nunca é visto acompanhado. Ele nunca aparece, ainda que quase sempre assuma o palco quando estou sozinha. Sou exatamente como gostaria de ser, como sou… por dentro […] Sou guiada pelo meu lado puro, o de dentro, mas por fora sou apenas um animal preso, forçando a corda à qual está amarrado. […] 
Uma voz dentro de mim soluça: “Veja só, foi nisso que você se transformou. Está rodeada por opiniões negativas, olhos desanimados e rostos zombeteiros, pessoas que não gostam de você, e tudo porque não escuta o conselho da tua parte melhor.” Acredite, eu gostaria de escutar, mas não dá certo, porque, se eu ficar quieta e séria, todo mundo acha que estou representando outro papel e tenho de me salvar com uma piada; nem estou falando da minha família, que presume que estou doente, me enche de aspirina e sedativos, sente meu pescoço e minha testa para ver se estou com febre e me critica por estar mal humorada, até eu não aguentar mais, porque quando todo mundo começa a me chatear, fico irritada, e depois triste, a parte má do lado de fora e a boa do lado de dentro, e tento achar um modo de me transformar no que poderia ser e no que gostaria de ser se… se não houvesse mais ninguém no mundo.

-Ultima vez que Anne Frank escreveu em seu diário 

Ele consegue.


Ele consegue muito bem comer em um restaurante todos os dias, mesmo que isso valha metade do salário dele. Ele consegue muito bem tomar banho sozinho, e dá um jeito de conseguir arrumar a gravata. Ele dá uns truques na saudade, e ainda sim não precisa de você para acordá-lo e dizer que ele já está atrasado. Ele tem um relógio que o acorda todos os dias, uma geladeira para pendurar as contas que tem para pagar e uma maquina que lava as roupas dele sem esforço, ele só precisa estendê-las. Sobra um dinheirinho extra, assim, ele consegue pagar uma faxineira que dê uma geral no apartamento deprê dele. Ele consegue ir ao cinema sozinho, insensível como sempre foi, não derrama uma lágrima sequer. Ele consegue muito bem atravessar a rua correndo, com medo de morrer e não viver porcaria nenhuma. Ele consegue comprar roupas, mas não com a mesma paciência e delicadeza que você fazia. Vai essa mesma, qualquer coisa eu venho trocá-la. Se é o meu número, deve cair perfeitamente em mim. Ele consegue se virar sozinho em casa, e por mais desastrado que seja, ele aprendeu a se levantar e pegar uma cerveja na geladeira. Ele pode até ter uma certa dificuldade com a escrita, mas ele ainda consegue mandar uma carta à avó dele, sem problemas. Pode ter um errinho aqui ou ali, mas é uma pena você não estar com ele. Ele consegue ir nos bares, tomar a mesma bebida que você tomava, comer a comida que você comia e sentar no lugar que você sentava. Consegue. Ele consegue viver sem você ligeiramente bem. Sem preocupações, mas com uma enorme saudade. Você sabe. Eu sei. Ele sabe. Ele consegue viver uma vida rebelde e com uma puta dor de cabeça, pois quem sabia qual remédio era o certo, era você. Ele consegue amar outra mulher na mesma, ou com uma maior intensidade que te amava. Claro que ele consegue! Ele consegue visar e citar uma mulher melhor do que fazia com você, e pode até estar mais presente do que estava com você. Você já pensou nisso? Se não, deveria. Ele consegue viver a vidinha medíocre dele sem você, claro que consegue. E você deveria conseguir também. Ele consegue se reerguer depois de uma briguinha ou alguma barreira. Ele consegue subir montanhas e ultrapassá-las, com ou sem você. Ele consegue muito bem colocar o lixo pra fora e lavar uma louça que está há quase 2 dias na pia. Ele consegue. Ele consegue se interagir com novas pessoas e ler novos livros sem pensar muito em você. Ele consegue ver filmes românticos e nem lembrar da sua existência, acredita? E por mais improvável que seja, ele consegue escutar aquela música sem tanta dor. Ele consegue se sobrepor sobre você e sobre a sua deixa. Ele consegue viver, com ou sem você. Tanto faz pra ele. Tanto faz pra você. Ele consegue colorir quem ele quiser, da cor que quiser. E você também deveria conseguir. Ele consegue fazer o que quiser, com ou sem você. E eu acho que você deveria conseguir também. “Você acha que ele era especial, mas ele não era. Você olha para o passado e só enxerga as coisas boas. Eu acho que da próxima vez que você olhar para trás, deveria olhar direito.”, não sei quem foi o gênio que pensou nessa frase, mas sei que é de um filme. Ele consegue perfeitamente amarrar o cadarço sem sua ajuda. Não sei se consigo transmitir minha mensagem, mas vou resumi-la da forma mais doce e calma possível: se ele consegue, você também deveria conseguir. Fácil falar? Sim, e é mais fácil fazer. Compreenda, idiota não foi ele que te deixou, pois ele encontra alguém igual ou melhor que você. Idiota é você, por achar que não encontra alguém igual ou melhor que ele.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Cometa bobagens

Cometa bobagens. Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. 
O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado. Ninguém lembra do que foi normal. Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público.
 Cometa bobagens. Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento. Demita o guarda-chuva, desafie a timidez, converse mais do que o permitido, coma melancia e vá tomar banho de rio. Mexa as chaves no bolso para despertar uma porta. 
Cometa bobagens. Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. Não existe manual que ensine a cometer bobagens. Não seja sério; a seriedade é duvidosa; seja alegre; a alegria é interrogativa. Quem ri não devolve o ar que respira. Não atravesse o corpo na faixa de segurança. Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodado. Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça. Cantarolar uma música ainda sem letra. Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. Leve uma árvore para passear. Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga “eu sei, eu sei”, quando nem ouviu direito. Almoce sozinho para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. 
Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.


domingo, 12 de julho de 2015

Querida Julieta

Eu te escrevo essa carta, pois não sei mais o que fazer para essa dor passar. Eu me apaixonei Julieta. Apaixonei-me por um belo rapaz que me fez acreditar no amor mais uma vez, acredita? Depois de tanto me machucar, eu estava ali acreditando de novo no amor. Eu tentei fugir, mas ele me abraçou e eu desisti de continuar fugindo. Não devia ter deixado isso acontecer porque agora eu estou chorando, sentindo um aperto no coração e um vazio no estomago. Ele matou as borboletas, mas por quê? Covardia? Ele foi covarde o suficiente para me amar? Julieta, ele era o homem que eu queria em minha vida, era gentil e calmo. Eu já me apaixonei antes, mas com ele foi diferente. Eu nunca havia chorado por desilusão, eu me mantinha forte. Não pensei que doesse tanto. Eu não me reconheço mais, Julieta. Sinto-me vazia, ando por ai como se faltasse metade de mim, mas continuo inteira. Estou totalmente sem fé, perdi a vontade de ver novos sorrisos ou provar outros beijos. Estou um clichê ambulante desde que ele se foi e odeio isso. Ele me apareceu como alguém digno de meu amor, mas ele me ensinou o que era chorar. No dia em que eu o conheci eu achei que ele era um desses meninos problemas, e eu estava certa. Mesmo eu achando isso, eu dei uma chance. Nunca devemos julgar um livro pela capa. Sim, eu dei uma chance, enquanto eu devia era ter mandado ele pra longe. Eu prometi que não escreveria uma carta de amor para ele, por isso estou te escrevendo querida Julieta. Você teve seu romance trágico, você morreu por seu amado. Eu não quero alguém que me ame a ponto de morrer por mim, mas sim alguém que me ame ao ponto de quere me cuidar. Quero alguém que podendo ter mais dez meninas, escolha ficar comigo somente. Quero alguém que precise de mim, sem loucura, sem dor… Só amo. É tão difícil? Ele me convenceu a ser dele, me fez dele e fez com que eu acreditasse que eu precisava disso. Eu me acostumei com um amor falso, e não quero isso. Eu quero um amor de verdade, alguém que tire meu fôlego, mas que seja verdadeiro. Eu quis o coração dele sem saber que nem ele eu tinha. Querida Julieta, me perdoa por cada palavra nessa carta. Desculpe-me por reclamar de um sentimento tão bonito, mas olhe pelo meu ponto de vista: estou machucada. Por que dói tanto quando descobrimos que foi tudo uma ilusão? Por que machucar tanto amar alguém? Oh Julieta, achei que ele me amaria e que, enfim, tinha encontrado rapaz certo. Eu me enganei como em todas as outras vezes, ele foi mais um que me machucou. Mas ele, ah, foi o melhor deles. Foi o que mais amei e o que mais quis e por isso hoje eu sei como é ter um coração partido. Ele foi o primeiro a quebrar meu coração e o primeiro a me ensinar o que é chorar realmente. Eu o amo tanto e não o tenho. Ele já está com outra e diz que ela é a mulher da vida dele, ele disse isso pra mim e deve ter dito para as outras antes. Ele é tão estúpido assim que não vê o quão frágil é um coração? É triste saber que a piada da vez sou eu, que ele olha pra mim e ri de pena por eu ter achado que ele me amaria. É triste saber que alguém pode ser tão cruel ao ponto de não saber amar quem lhe entrega o coração. Eu preciso tira-lo do meu coração e de minha cabeça, preciso esquecer seus toques e suas palavras tão falsas. Ajude-me querida Julieta, você e seu amor puro tão genuíno, me explique como posso esquecê-lo. Eu não quero mais chorar por ele, não quero continuar assim. Quero encontrar meu Romeu, assim como você encontrou o seu. Quero poder ser amada e saber que é verdadeiro. Perdoe-me de novo por essa carta tão mal escrita e cheia de lágrimas, eu o amo sem poder. Eu estou amando uma pessoa que me enganou, preciso tira-lo de meu peito. Seu amor foi proibido e acabou em mortes, o meu foi ilusão e acabou do mesmo jeito. Acabou na morte do meu amor próprio e do meu orgulho. Na morte da menina que eu era antes dele aparecer. Eu não posso continuar assim. O amor dele nunca foi amor. Ele quis arranjar mais uma menina pras marcas em sua cama. Ele me quis até o momento em que fui dele, agora ele já está atrás de mais uma que faço o mesmo. Ele nunca amou e nem vai amar nenhuma de nós. Nosso amor foi ilusão, mas ainda me machuca. Me ajude Julieta, eu te peço com todo coração que me resta.
— Com amor, Emma. 

sábado, 11 de julho de 2015

DIY: Bottle Nebula




Oi, Oi.. Então hoje vim mostrar pra vocês como fazer um Botlle Nebula, sempre fiquei na curiosidade de como fazer, então resolvi pesquisar e é SUPER fácil! e pratico, minha amiga já fez um pra ela, e até hoje ela me deve um, então já que até hoje não ganhei o meu, vim mostrar como faz, quem sabe eu tomo vergonha na cara e resolvo a fazer o meu próprio

Tudo que você vai precisar:

– Água
– Algodão
– Pote(s) de vidro (ou plástico, de qualquer tamanho)
– Algo para colorir (pó de suco, corante, tinta…)
– Glitter
– Copo



sexta-feira, 3 de julho de 2015

Não olhe pra mim, só me abraça e diga que tudo vai ficar bem.

Não, não me olhe assim, não me olhe como se tivesse pena de mim, eu não preciso disso, aliás, já estou acostumada com essa dor. Estou acostumada a lidar com a dor da solidão. Todos me abandonam, todos decidem seguir seu caminho. E eu? Ah, eu continuo por aqui mesmo. Não vou atrás de ninguém, por estar cansada de fazer o mesmo. Não vou implorar pra ninguém voltar e muito menos, pra me amar. Não vou mais. Eu cansei de ser uma boba e ficar me humilhando pedindo para me amarem. Não precisa ter pena de mim, eu já sei lidar com tudo isso. Eu já não choro todas as noites, não fico procurando alguém pra conversar, eu parei de fazer tudo isso faz algum tempo. Não me olhe assim, te prometo que logo isso passa. Tudo passa, não é mesmo? Eu já sei disso, todos sempre falam isso. Também não precisa fingir me amar, só pra tentar me animar. Não gosto de amores fingidos, tive experiências sobre esse assunto e prefiro não passar por isso outra vez. Não me olhe como se fosse meu amigo, eu sei que você não é. E também não me diga “Pra sempre”, logo, você irá partir e eu ficarei esperando o pra sempre acontecer. Não olhe pra mim, me deixe sofrer sozinha, estou acostumada a guardar tudo e só contar pra mim mesma. Não quero mais enganar o meu coração com ilusões e falsas promessas. Eu só quero ficar quietinha no meu canto e viver a minha vida inútil, então me deixa aqui. Não quero mais me apaixonar e depois ver você partindo e partindo o meu coração. Não quero que você sinta nada por mim, porque eu sei que é uma tarefa quase impossível. Eu não quero nada de você, eu consigo cuidar de mim sozinha, eu aprendi na marra. Estou acostumada com tudo que você considera drama, estou acostumada a ser a complicada e difícil de se lidar. Não me olhe como se pudesse me entender, porque não pode, ninguém pode e nem eu mesma. Não olhe pra mim, por favor, me deixa sofrendo com as dores da vida. Sou forte ou fingo que sou, mas não importa, só me deixa sozinha, porque sei lidar comigo mesma e essa confusão de sentimentos irá acabar. Eu só preciso de um tempo e de um pouco de tranquilidade. Não olhe pra mim, pode ficar sossegado, tudo isso um dia acaba, eu acredito nisso.