quinta-feira, 19 de maio de 2016

Querido John

Eu te amei desde o primeiro momento em que os meus olhos pousaram sobre os seus. Eu não tinha como saber que você namorava e você, não sei por qual motivo, não me deixou saber. Mas já se passaram dois anos e mesmo morando tão perto a gente nunca mais se esbarrou, nem mesmo quando eu ia até o seu barzinho preferido só por uma coincidência qualquer, quem sabe, finalmente te encontrar, pois é, nunca deu certo. É que já se passaram dois anos e eu continuo pensando em você. Que tolo, não? Mas foi naquela tarde ensolarada de agosto em que você me mandou uma mensagem, te juro, eu esperava uma mensagem do papai noel mas não você, que a chama reascendeu. Na verdade, ela nunca se apagou. Não sei como é que acontece, quando é amor deve acontecer alguma reação química dentro da gente, mas o nosso corpo sabe quando é. É natural, o sorriso acontece mesmo sem querer, as pernas ficam bambas, o coração aperta só de ouvir ele chamar seu nome. A gente sabe quando é até mesmo quando nega, bate o pé e diz que não é. Estou escrevendo esse texto porque nunca teria coragem de te dizer tudo isso. Ah, já se passaram dois anos e eu continuo um bobo apaixonado. Você se quer me deu esperanças, mas eu nunca precisei. Quando se gosta de alguém a gente mesmo cria as próprias esperança, tira forças não sei de onde para persistir e acreditar que vai acontecer. Sempre me perguntam por que eu nunca namorei. Não sei se sou eu, mas nunca aconteceu, sabe? Eu nunca deixo ninguém permanecer tempo suficiente até as coisas ficarem sérias. Mas semana passada, minha amiga me perguntou se eu nunca amei ninguém. Demorei algum tempo pra responder, dizem que um filme passa na nossa frente quando estamos perto da morte, eu deveria esta morrendo de amores, porque vi você sorrindo. Então respondi que não, nunca amei ninguém. É, já se passaram dois anos, e eu continuo te amando.

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