segunda-feira, 15 de junho de 2015

flourish

 É preciso resgatar a grandeza infinita dos gestos simples e ‘elementares’. Cuidar da vida. Curtir a minúcia. Lavar a própria roupa. A louça. Arrumar a casa. Fazer sua comida. Tomar banho como quem realiza um ato sacro. Recuperar o prazer da prática dos atos primários. Saber que ser matéria, caralho e buceta, boca e estômago, é uma dignidade e um esplendor. Dá trabalho. Mas, para brilhar, as estrelas têm que arder, até o glorioso fim. 







Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.






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